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Sobram vagas para deficientes em São Paulo
Média de oportunidades para a classe é alta neste ano, segundo a Secretaria do Emprego. Porém, a baixa qualificação profissional faz que apenas 46% dos postos de trabalho sejam de fato preenchidos no estado. A falta de mão de obra qualificada atinge também as empresas que procuram profissionais com algum tipo de deficiência (física, auditiva, visual, mental ou múltipla). Na segunda-feira (1), a Sert (Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho) divulgou levantamento que mostra cadastradas no estado de São Paulo 2.565 vagas para pessoas com deficiência. Segundo a instituição, essa é a média mensal de vagas, mas ela supera várias outras categorias e o número total de vagas por regiões do estado, como a de Ribeirão Preto (1.534).
Um Novo Jeito de fazer a diferença
Para começar, um novo jeito de utilizar as redes sociais da internet. A ideia foi de Fábio Silva. Ele mobilizou 20 casais amigos para ajudar as vítimas das chuvas que castigaram o Estado no ano passado. Foi arrecadado um caminhão de colchões que valia cerca de R$ 28 mil, sem contar com o sorriso e a gratidão de quem iria receber diretamente das mãos de quem estava fazendo a doação. Assim surgiu o Novo Jeito. Um tipo de ONG que utiliza a rede virtual para fazer boas ações reais. “Não fazemos apenas a campanha. Nós mobilizamos uma corrente para arrecadar e entregar. Além dos ‘presentes’, levamos carinho”, explica Fábio com empolgação. “Não queremos apenas um Novo Jeito de ajudar o próximo. Queremos difundir um Novo Jeito de viver, sempre pensando no bem do outro”, complementa.
Lei de cotas: Estado precisa atuar na inclusão de deficientes
A inserção do portador de deficiência no mundo do trabalho é sempre tarefa muito difícil, sobretudo pela carga emocional envolvida – muitas vezes inseparável do campo técnico da questão. Contudo, o quadro tem merecido amplo debate no mundo jurídico, sempre com o objetivo de encontrar a melhor forma de aplicação do conjunto normativo, atendendo os anseios da inclusão social do portador de necessidades especiais. A Lei de Cotas, n° 8.213/1991, que obriga as empresas com cem ou mais empregados a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com portadores de deficiência, completou 20 anos no último dia 24 de julho. Mas não há muito o que comemorar. Nem pelo lado das empresas, nem dos possíveis empregados.
Inclusão de pessoas com deficiência ganha mais espaço em sindicatos
A formação e a acessibilidade para trabalhadores com deficiência vem sendo incorporada por sindicatos para além de itens da pauta de reivindicações dessas entidades. Se remuneração justa, melhores condições de trabalho e jornadas menos extenuantes já eram demandadas em negociações com as empresas, os sindicatos agora buscam ampliar a inclusão desses grupos em decisões das categorias. O Sindicato dos Químicos de Guarulhos (Sindquímicos) capacita trabalhadores na Língua Brasileira de Sinais (Libras), para atendimento cotidiano. No último mês, foram certificados 12 alunos no curso, que está em seu segundo ano de formação. A proposta do aprendizado é prepará-los para levar o conhecimento para o trato social e lidar com os colegas com deficiência auditiva.
Deficiente (Não Condutor) tem direito de adquirir carro sem pagar IPI
Ainda que não possa dirigir, o deficiente físico tem direito de adquirir veículos sem pagar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para que terceiros o conduzam. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça. A Corte julgou procedente o recurso da estudante e psicóloga Marineia Crosara de Resende, que tem esclerose muscular progressiva -- doença não incluída no rol de beneficiários da lei e que a impossibilita de guiar qualquer tipo de veículo. Ela pedia a isenção na compra de um carro para que outra pessoa a levasse para a faculdade.