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Como estaria o Brasil sem a ratificação da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Relembrar o dia 9 de julho de 2008 é voltar aos momentos emocionantes de uma estratégica bem elaborada para a ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), com a inédita equivalência à emenda constitucional. O Decreto Legislativo n°. 186 de 2008 poderia ter adotado a CDPD tal como os demais tratados de Direitos Humanos o foram, como lei ordinária, abaixo da Constituição da República. O Protocolo Facultativo da Convenção, texto independente, poderia não ter sido ratificado e as salvaguardas estariam prejudicadas. Ainda mais, a CDPD poderia ser um documento esvaziado por “reservas”, a exemplo de tantos outros países. E resvalando para o pior dos cenários, a Convenção não estaria ratificada até hoje, embora fosse algo pouco plausível.
Tecnologias assistivas - Como elas podem tornar a vida menos complicada
Você acompanha nesta semana uma série de reportagens enfocando as tecnologias assistivas, que são soluções criadas para facilitar a vida de pessoas com algum tipo de limitação física, mental ou sensorial. Nas cinco reportagens da série, o jornalista Edson junior nos ajuda a entender melhor o que é tecnologia assistiva e mostra a aplicação desse conceito na educação, nas artes e no mundo do trabalho. Você vai saber ainda sobre as políticas públicas para auxiliar as pessoas com limitações na obtenção de tecnologias assistivas. Na primeira reportagem, vamos saber mais a fundo o que é tecnologia assistiva e como ela pode tornar a vida de uma pessoa muito menos complicada.
Cientista brasileiro lança livro e defende interação entre homem e máquina
Em 2014, quando todas as atenções do mundo estiverem voltadas para o Brasil, sede da Copa do Mundo, o impossível acontecerá. Um jovem deficiente físico, hoje incapaz de andar, cruzará o gramado sobre as próprias pernas e sem auxílio de ninguém rumo ao círculo central, onde dará, literalmente, o pontapé inicial da partida. Parece cena de filme, mas faz parte dos planos do médico e cientista paulistano Miguel Nicolelis, cujas pesquisas sobre a interação entre corpo humano e máquina o projetam como grande nome da ciência contemporânea. E não é só. Seus estudos apontam para um futuro fascinante e cheio de esperança, no qual a combinação entre homem e tecnologia se desdobra infinitamente em possibilidades. Por meio do pensamento, as pessoas poderão não apenas recuperar seus movimentos, mas também executar tarefas cotidianas, como dirigir ou usar computador, e até mesmo interagir com pensamentos, emoções e recordações de pessoas que já morreram, pois tudo isso estará gravado num banco de memória.
Moradores da Vila dos Para-atletas, em Paulista, sofrem com descaso
Um lugar construído para a moradia de deficientes físicos precisa ter condições de acesso, como rampas, e nada de buracos. Mas não é assim em uma vila de Paulista. Quem mora em outras áreas da cidade também sofre com o acesso. O Centro de Convivência Albert Sabin é mais conhecido como a Vila dos Para-atletas. Criado há 18 anos, pelo Governo do Estado, o Centro abriga famílias que tenham pelo menos um deficiente físico. Hoje, o lugar está abandonado, quase esquecido. Onde deveria haver rampas, só existe mato. Para-atleta da Seleção Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas, José Soares (foto 1) reclama do esquecimento. "Muita coisa precisa melhorar aqui dentro. Hoje as facilidades para os cadeirantes não existem mais", ressalta.
Uma reflexão sobre acessibilidade e inclusão
O tema acessibilidade parece ser ainda controverso, ou seja, há muitas perspectivas de julgamento sobre uma obra ser ou não acessível. Começo com um exemplo simples, recente, público: ao assistir a um vídeo que tratava sobre educação, no Youtube, reclamei ao responsável pela postagem, dizendo-lhe que o vídeo não era acessível e a resposta dada iniciou com uma pergunta “acessível para quem?”.